Será que é possível aos seres humanos interferirem no planeta para evitar que ocorram terremotos?
E as “frentes frias” e os furacões, é possível impedi-los? O que seria necessário para isso ocorrer?
Em nosso planeta tudo está se movendo: na atmosfera, as massas de ar se movem; nos oceanos, as correntes marítimas; e até na superfície do planeta há movimento: movimentos de continentes e a mudança de relevos.
Todo esse movimento está ligado a vários fenômenos naturais que ocorrem em nosso planeta, como terremotos, vulcões, maremotos, furacões etc.
Para entender melhor como alguns desses fenômenos ocorrem, vamos analisar a estrutura de nosso planeta.
Se pudéssemos “cortar uma fatia” da Terra, o que veríamos em seu interior? Veríamos que ele é formado por camadas esféricas. Nós vivemos na superfície da camada exterior sólida de nosso planeta, a Crosta, e estamos cercados por uma camada de ar, a Atmosfera. A Crosta e a
Atmosfera são as camadas mais finas da estrutura, poderíamos compará-las com a espessura da casca de uma cebola. Abaixo da crosta, podemos dividir o interior da Terra em três partes: o Manto, o Núcleo Externo e o Núcleo Interno.
O Manto da Terra é formado por rochas derretidas. O Núcleo Externo, por metais derretidos e o Núcleo Interno, por metais em estado sólido, devido às grandes pressões.
Portanto, poderíamos dizer que a crosta terrestre está “flutuando” sobre um “mar de rochas derretidas”. E isso já nos diz muita coisa sobre alguns fenômenos que ocorrem em nosso planeta.
Um outro fato que devemos acrescentar é que a crosta terrestre não é inteiriça. Ela é formada de “placas” que estão em contato, mas que têm um
certo movimento umas em relação às outras.
Fazemos aqui uma outra comparação para entender melhor essas placas: imagine que você dê leves batidas em um ovo cozido e sua casca fique toda fragmentada; assim é a crosta terrestre: cheia de rachaduras e pequenas placas.
Nas regiões do planeta onde as bordas das placas da crosta se encontram, ocorre a maioria dos terremotos. Nessas regiões, também é alto o índice de aparecimento e atividade de vulcões.
Portanto, tais fenômenos estão ligados à estrutura interna da Terra.
As forças envolvidas no aparecimento de vulcões e terremotos são imensas. Assim como não somos capazes de interferir nos movimentos da crosta de nosso planeta, também não podemos evitar que ocorram tais fenômenos
naturais.
Mesmo no Brasil, onde aparentemente não temos fenômenos naturais muito destrutivos, como terremotos, maremotos, vulcões ou furacões, não
está totalmente livre de suas ocorrências.
Podemos ver isso na notícia de jornal ao lado. Existem alguns lugares de nosso país que estão sujeitos a pequenos terremotos; outros que estão
sujeitos a pequenos tornados (furacões menores) e outros, a grandes inundações. É claro que o número de ocorrência desses fenômenos em nosso país é muito menor do que em outros, como podemos ver através dos meios de comunicação.
Afirmamos, anteriormente, que não somos capazes de interferir nos movimentos de nosso planeta e, desse modo, também não podemos
evitar que ocorram certos fenômenos naturais.
Porém, existem outros fenômenos – como, por exemplo, as enchentes e a desertificação de certas regiões (processo em que o clima de uma região
torna-se cada vez mais desértico) – que podem ser evitados ou ter seus efeitos diminuídos.
Em certos locais, as enchentes começam a ocorrer depois que uma obra é feita ou o ambiente é alterado. São muitas as alterações que os seres
humanos fazem no ambiente a fim de facilitar seu modo de vida. Algumas dessas alterações, porém, podem trazer resultados inesperados e muitos
prejuízos para a vida das pessoas.
O desmatamento excessivo de algumas regiões, por exemplo, acompanhado ou não de procedimentos como queimadas, podem contribuir para o processo de desertificação desses locais e suas vizinhanças.
Portanto, existem certas ações que podem aumentar ou diminuir os efeitos de alguns fenômenos naturais.
Nós não podemos evitar as chuvas. Ainda bem, pois dependemos delas para encher os reservatórios subterrâneos, os açudes e os res Xervatórios superficiais, os quais abastecem desde os poços até cidades inteiras.
Mas chuva demais pode ser muito prejudicial: no campo, pode estragar plantios ou colheitas inteiras; nas cidades, pode trazer enchentes, que
inundam ruas e casas.
As enchentes muitas vezes têm seus efeitos aumentados por causa de transformações no ambiente feitas pelo próprio ser humano: canalizações de córregos mal executadas, alterações no curso de pequenos rios, barragens mal construídas ou a excessiva impermeabilização do solo provocada pelo asfaltamento de ruas e pavimentação de casas, são exemplos desse tipo de alteração prejudicial.
Como vimos, não podemos interferir nas causas de alguns fenômenos naturais, mas podemos minimizar as conseqüências de alguns deles.
Quando pensamos nas alterações ambientais provocadas por uma certa obra, são necessárias ações gerais tomadas por instâncias governamentais, como as prefeituras, que irão evitar que tais transformações sejam prejudiciais.
Nesses casos, cabe a nós, como cidadãos, fiscalizar e cobrar posições firmes dos órgãos públicos e das autoridades competentes, diante de atividades
humanas que venham a causar prejuízo ambiental.
Por outro lado, até pequenas atitudes pessoais, como não jogar lixo em córregos ou evitar que se sujem as ruas, podem colaborar para diminuir os
efeitos de uma chuva forte e uma enchente, por exemplo.
Portanto, temos um papel muito importante na manutenção da vida e na diminuição do impacto causado por alguns fenômenos naturais. E é
através de uma participação ativa em nossa comunidade que poderemos fazer com que os prejuízos causados por tais fenômenos sejam minimizados.